quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Saiba Mais - Agência Magnum

Agência fixou registro documental

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O surgimento da Magnum se deu logo após a Segunda Guerra Mundial, quando seus fundadores perceberam o poder das imagens documentais, o impacto que elas exerciam sobre a opinião pública e a possibilidade de denunciar mazelas por meio de seus testemunhos.
Isso tudo, porém, só se tornou possível após uma das maiores revoluções ocorridas na história da fotografia, que foi a criação da câmera portátil de 35 milímetros, que permitia aos fotógrafos registrar cenas com baixa luminosidade sem o uso de tripé, o que também possibilitava que o fotógrafo se tornasse quase invisível na cena. Daí surgiram os flagrantes nos quais a expressão humana passou a ser captada em total naturalidade.
Henri Cartier-Bresson começou a fotografar em 1931, justamente no momento em que a câmera Leica passou a ser comercializada. Com a máquina portátil em punho, ele foi para a rua e, na busca de momentos decisivos, em que o mundo parecia entrar em total harmonia no visor de sua Leica, esboçou a síntese do fotojornalismo praticado até hoje.
Quando a fotografia contemporânea documental começou a se transformar, a partir dos anos 80, com maior uso da pose e da cor, por exemplo, Bresson votou contra a entrada na agência de fotógrafos dessa tendência, como o britânico Martin Parr. Foi derrotado e, aos poucos, deixou a fotografia e retornou ao desenho, que adotou como forma de expressão até sua morte, em 2004.
A Magnum funciona como uma cooperativa e representa 78 fotógrafos (entre mortos e vivos). Priorizam pautas próprias em detrimento de trabalhos por encomenda.
A nova geração de fotodocumentaristas incorporadas ao staff nos últimos anos injetou um novo fôlego à agência. Uma amostra disso foram os diversos prêmios ganhos pela equipe recentemente. (EC)

Fonte: Folha de São Paulo

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