terça-feira, 17 de março de 2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

Fotógrafos Pirelli se dividem entre documental e experimentações, Fonte: Folha de São Paulo

Masp expõe a partir de hoje 80 fotografias recém-compradas pela coleção


SILAS MARTÍ
DA REPORTAGEM LOCAL

É intenso o azul do céu e o dourado da cerveja no copo americano. A gordura transborda dos biquínis baratos -é um dia de praia qualquer na periferia de Recife, mas o tratamento é de ensaio da "Vogue". Nessa encruzilhada entre documental e formalista, a fotógrafa Bárbara Wagner resume as duas vertentes das 80 fotografias da Coleção Pirelli, que o Masp expõe a partir de hoje, oscilando entre registros objetivos da realidade e experimentações um pouco mais ousadas. "Ela explode a cor, estoura o flash na luz do dia para fazer uma coleção de flagrantes", diz o curador da mostra, Rubens Fernandes Júnior, 58, sobre Wagner. "É um trabalho novo." 
Na linha flagrantes, também entram para a coleção cinco instantâneos de Vania Toledo, famosa por seus registros da "beautiful people" no Rio, em São Paulo e Nova York. Estão lá uma modelo nua, Gal Costa, Rodolfo Scarpa, o estilista Marquito e Fernanda Montenegro. 
"Meu trabalho tem isso de não ser invasivo, de ser cool, registrar um momento bacana e ponto", diz Toledo, 58. "É fotojornalismo social e pessoal." Também pessoal é o olhar de Bob Wolfenson sobre o parque industrial de Cubatão, entre São Paulo e o mar. São memórias de infância dessa "antinatureza" que ele tenta traduzir numa série de imagens. "Aquele era um lugar de passagem, que me aterrorizava e me capturava", lembra Wolfenson, 54. Essa atração e repulsa pela paisagem aparece nas obras -mais experimentais- de outros fotógrafos, muitos de fora do eixo Rio-SP, uma prioridade dos curadores desta edição. 
Enquanto o paranaense Rogério Ghomes carrega nas cores do horizonte marítimo, dando pegada expressionista ao que poderia parecer banal, o mineiro José Faria recorre a colagens e múltiplas exposições. Sem grandes ambições formais, senão o preto-e-branco em alto contraste, André François mostra a rotina de hospitais na Amazônia, trabalho que terá uma sala especial no Masp. 
Em contraponto, uma espécie de núcleo histórico da coleção reúne imagens da Salvador clássica de Voltaire Fraga e do Rio bossa-novista de Milan Alram, que flagrou Helô Pinheiro, a garota de Ipanema, prestes a passar seu bronzeador. 


COLEÇÃO PIRELLI
Quando: abertura hoje, às 19h30; de ter. a dom., das 11h às 18h, qui., das 11h às 20h; até 3/5 
Onde: Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 0/xx/11/3251-5644) 
Quanto: R$ 15 (grátis às terças)
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Fonte: Folha de São Paulo 

terça-feira, 10 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

Exposição discute ética das imagens , Folha de Sao Paulo, 09 de marco de 2009

"Controverses" debate poder, sexo e religião em 170 anos de história da fotografia, na Biblioteca Nacional (Paris)

GABRIELA LONGMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

As imagens são bem conhecidas; as disputas de poder por trás delas nem tanto. Apoiados em 170 anos de história da fotografia, o curador Daniel Girardin e o advogado Chistian Pirker escolheram 80 casos fotográficos polêmicos que chocaram o público, dividiram opiniões ou geraram processos históricos na justiça. O conjunto forma a exposição "Controverses" (controvérsias), inaugurada na última terça em Paris, no prédio da antiga Biblioteca Nacional, onde permanecerá até o dia 24/5.
A tentativa é traçar uma "história jurídica e ética da fotografia", da invenção do daguerreótipo (1839) à época atual. Um texto acompanha cada foto, apresentando seu contexto e as discussões por ela geradas. Como a justiça e a opinião pública lidaram com a imagem ao longo do tempo? As discórdias quase sempre envolvem liberdade de expressão, privacidade, direito autoral ou manipulação.
Alguns exemplos: em 1860, as fotos que o escritor Lewis Carroll tirou de Alice Liddell (a menina que inspirou a personagem) geraram suspeitas de pedofilia que perduraram, embora nada jamais tenha sido provado. Pode a imagem de uma criança revelar a perversidade daquele que olha? A mesma dúvida é retomada numa foto dos anos 80: Garry Gross fotografou Brooke Shields, nua e supermaquiada, com apenas dez anos. Embora a foto tenha sido autorizada por sua mãe, Shields, depois de crescida, processou o fotógrafo.
Sexo, religião, poder e guerra são as palavras-chave. Não é à toa que um texto na entrada adverte que o público poderá ter "sua sensibilidade ferida". Deve-se exibir cadáveres em todo o seu horror? O Cristo imerso em urina fotografado por Andrés Serrano desrespeita os seguidores da fé cristã? As imagens do Holocausto traduzem o horror dos campos? O trabalho de Sebastião Salgado deve ser entendido como denúncia social ou estetização da miséria?
Ao longo do percurso, cenas artísticas, jornalísticas e publicitárias são colocadas lado-a-lado, como se essas categorias não dessem conta da complexidade de uma fotografia. A data revela-se mais importante do que o gênero. "O que nos interessou foi o debate público que cada uma dessas imagens suscitou. Nós quisemos mostrar posições que se enfrentaram, sem tomar partido", escreveu Girardin na apresentação.
Conceitos de verdade, veracidade e autenticidade são postos à prova. Pode uma foto servir de prova criminal? Cenas da Comuna de Paris (1870) e da prisão de Abu Ghraib, em 2003, levantam a questão. São apenas dois de infinitos exemplos.

Fonte: folha online

sábado, 7 de março de 2009

Saida fotografica Folia de Reis 07 03 2009, por alessandro souza





Fotos: alessandro souza
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O restante das fotos estão no flick http://www.flickr.com/photos/alessandrosouza/

quinta-feira, 5 de março de 2009

domingo, 1 de março de 2009